
Géssica Barbosa, esposa do líder dos entregadores antifascistas Paulo Lima, o Galo, foi solta na tarde desta sexta-feira (30). Ela foi presa provisoriamente na última quarta-feira (28) ao comparecer ao 89º Distrito Policial, em São Paulo, com o companheiro. Os dois foram detidos por envolvimento no incêndio da estátua de Borba Gato, embora Géssica não estivesse presente na manifestação.
Galo permanece preso. À Fórum, Jacob Filho, advogado do casal, disse que não há novidades. “Tanto o pedido de Habeas Corpus quanto de audiência de custódia ainda não foram julgados”.
No sábado, um grupo de pessoas identificado como “Revolução Periférica” colocou fogo na estátua do bandeirante Borba Gato, na avenida Santo Amaro, na zona sul de São Paulo.
De acordo com o Brasil de Fato, a defesa de Galo afirmou que ele reconhece sua participação no ato e que está disposto a colaborar com as investigações. A decisão de se apresentar à polícia veio após a defesa localizar um pedido de prisão temporária em andamento contra Galo e depois da prisão em flagrante de Thiago Vieira Zem, que teria sido o responsável por dirigir o caminhão utilizado para levar as pessoas e os pneus até o local da manifestação.
O incêndio da estátua de Borba Gato faz parte de um movimento de ações que defendem a derrubada de monumentos que exaltam personagens da escravização de povos afrodescendentes e indígenas. No caso de Manuel de Borba Gato, ele fez fortuna, na segunda metade do século 18, ao caçar indígenas pelo sertões do país para escravizar.