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26 de junho de 2010
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17:29

Brasil treinou contra o Chile para pegar a Holanda: 3 x 0

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br

Milton Ribeiro

www.futebolsul21.com.br

O Chile tem Marcelo Bielsa, mas não tem um grupo de jogadores digno de ir muito adiante. A disparidade técnica entre o Brasil e o Chile revelou-se intransponível mesmo para a mágica de “El Loco”. Nosso time melhorou com a entrada de Ramires no lugar de Felipe Melo: ganhou em toque de bola, civilidade e, como se não bastasse, o jogador do Benfica ainda esnobou, armando todo o lance do gol de Robinho.

O Chile começou bem, com posse de bola e saudável postura ofensiva. Seu problema foi a total incapacidade de penetrar na defesa brasileira. Logo, o Brasil conseguiu alguns contra-ataques e o Chile começou a notar que algo estava errado. O primeiro gol veio com Juan ao escorar uma cobrança de escanteio pela direita. Curiosamente, o zagueiro Juan tem estranha predileção de marcar contra o Chile. Se não me engano é seu quarto gol contra os representantes da Concha y Toro. O segundo gol, de Luís  Fabiano, nasceu lquatro minutos depois num contra-ataque puxado por Robinho e Kaká. Fim do primeiro tempo: 2 x 0.

O segundo tempo era previsível. O Chile precisaria marcar e deixaria aberta sua defesa para os contra-ataques, nossa especialidade. Tivemos muitas chances, mas só fizemos um gol na luxuosa jogada de Ramires completada por Robinho.

A baixa do jogo foi o próprio Ramires, ao levar um segundo cartão amarelo, o que nos joga novamente nos braços de Felipe Melo ou, pior, Kléberson ou Josué. Todos nós sabemos que nenhum dos três têm exatamente o potencial de acabar com o reinado de Messi…

Detalhes:

1. O gol de Luís Fabiano o manteve na briga pela artilharia. Higuaín (Argentina) e Vittek (Eslováquia) lideram com quatro gols cada, enquanto o brasileiro divide a segunda posição com mais cinco goleadores: David Villa (Espanha), Gyan (Gana), Luis Suárez (Uruguai), Thomas Müller (Alemanha) e Donovan (Estados Unidos) – este último já eliminado.

2. A FIFA elegeu Juan como o melhor em campo. Mereceu. O zagueiro da Roma foi perfeitamente discreto e impecável, como é de seu feitio.

3. Por três vezes nas últimas cinco Copas, houve uma Holanda no meio do caminho brasileiro. Em 1994, o Brasil passou pela Holanda com gol decisivo de Branco, vencendo por 3 x 2, também nas quartas de final. No Mundial seguinte, 1998, o duelo foi nas semifinais. A partida terminou empatada em 1 x 1 e teve a nossa vitória nos pênaltis. São perigosos fregueses…

4. Elano faz falta, mas Daniel Alves realizou muito boa partida.

Brasil: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva; Daniel Alves e Ramires; Kaká (Kléberson); Robinho (Gilberto) e Luís Fabiano (Nilmar).
Técnico: Dunga

Chile: Bravo; Isla (Millar), Fuentes, Contreras (Tello) e Vidal; Carmona e Carmona; Alexis Sánchez, Beausejour e Mark González (Valdívia); Suazo
Técnico: Marcelo Bielsa

Gols: Juan, aos 34min, Luís Fabiano, aos 38min do 1º tempo, Robinho, aos 14min do 2º tempo.

Cartões amarelos
Brasil: Kaká e Ramires
Chile: Vidal, Millar e Fuentes


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