

Da Redação
A presidenta Dilma Rousseff participa nesta sexta-feira (2) de reuniões em Caracas para articular políticas de desenvolvimento regional com inclusão social e medidas sustentáveis. Ela vai se reunir com os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e da Bolívia, Evo Morales.
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Com Morales, Dilma deve ampliar as parcerias em várias áreas. Apenas nesta semana, Brasil e Bolívia iniciaram um processo conjunto de combate ao narcotráfico por terra e água nas regiões fronteiriças que atingem as regiões de Corumbá, Puerto Suárez, Cáceres, San Matías, Guajará-Mirim, Guayaramerín, Epitaciolandia e Cobija. Bolivianos, brasileiros e italianos também fizeram um acordo para o controle de incêndios na área da região amazônica.
Para as reuniões da Calc e Celac, representantes de 33 países estarão presentes. A Celac quer buscar o fortalecimento regional, excluindo os Estados Unidos, o Canadá e a Europa. A iniciativa marca o bicentenário da independência de vários países da América Latina e tem como inspiração Simón Bolívar, o libertador das colônias espanholas.
O novo organismo, a Celac, será formado por 33 países: Antigua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belice, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala, Granada, Guiana, Haiti, Honduras e Jamaica. Também integram o grupo México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, San Cristóbal & Nieves, San Vicente e Granadinas, Santa Lucia, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e a Venezuela – anfitriã deste encontro.
À tarde, ela participa da abertura da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América Latina e do Caribe (Calc) e 1ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Dilma diz que Brasil aumentou em 25% comércio com latino-americanos
A presidenta Dilma Rousseff informou nesta quinta (1º) à noite, em Caracas, que o Brasil aumentou em 25% o comércio com os países latino-americanos. Dilma acrescentou que a integração regional deverá atuará como “motor” para o desenvolvimento dos 33 países da América do Sul e do Caribe.
“A integração produtiva com os países vizinhos é uma parte essencial de nossa estratégia para encontrar o crescimento e a capacitação de pessoas para tirá-las da pobreza e proporcionar oportunidades”, disse Dilma.
“Eu considero que estamos em outra fase. Nós podemos construir uma integração que seja realmente produtiva e que nos leve ao crescimento das economias e dos nossos povos. E nos leve a um processo que não seja a exploração de um país por outro”, acrescentou.
Na conversa com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foram destaque as obras da Refinaria de Abreu e Lima – em Ipojuca, na região metropolitana de Recife – construída em parceria pelo Brasil e a Venezuela. As obras, que começaram em 2007, só devem ser concluídas em 2012.
Paralelamente, Dilma e Chávez firmaram 11 acordos bilaterais que envolvem a construção de casas populares, ações nas áreas de agricultura, ciência e tecnologia, petróleo, energia, o incremento das relações comerciais e econômicas. A ideia é ampliar a plantação de soja utilizada como ração animal.
Com informações da Agência Brasil