Débora Fogliatto
A primeira semana de mobilização dos municipários de Porto Alegre foi marcada por assembleias, protestos e piquetes em diversos pontos da cidade. Nesta terça-feira (10), a categoria realiza uma nova assembleia, quando espera já ter recebido novas propostas da prefeitura.
Nesta segunda-feira (9), os trabalhadores mais uma vez protestaram em frente à prefeitura, a partir das 9h, com uma faixa preta com os dizeres “Negociação já”. Na última reunião com o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), na sexta-feira (6), a prefeitura não apresentou nenhuma contraproposta.
No início da tarde, foi divulgada nota em que a administração municipal reafirma a disposição de negociar com os grevistas somente após o retorno às atividades. Segue a íntegra do pronunciamento oficial da prefeitura:
“A Prefeitura Municipal de Porto Alegre informa que, na manhã desta segunda-feira, 9, recebeu do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) um pedido de audiência com o prefeito José Fortunati ou vice Sebastião Melo para tratar das reivindicações da categoria e dar seguimento às negociações. No entanto, a Prefeitura afirma que só voltará a receber a direção do Sindicato quando for cumprida a determinação judicial obtida na última sexta-feira,6, que prevê o funcionamento total dos serviços essenciais da cidade. Tal fato não vem ocorrendo, já que grevistas obstruíram, na manhã desta segunda-feira, os portões da sede do Departamento Municipal de Águas e Esgoto (Dmae), impedindo assim a saída de equipes do departamento para desempenhar atividades como o conserto de fugas e ligações de água e esgoto.”
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Também na manhã desta segunda-feira, continuaram os movimentos de piquetes no Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), na avenida Princesa Isabel; no Hospital Pronto Socorro, na Osvaldo Aranha; e na Estação de Transbordo, na Lomba do Pinheiro. Os trabalhadores barram as saídas de caminhões pela manhã e passam o dia nos locais.
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Municipários (Simpa) informa que é difícil saber o índice de adesões, porque o movimento está crescendo. A Secretaria Municipal de Educação também ainda não tem o levantamento de serviços afetados.
A última proposta da prefeitura, de reajuste de 6,28%, foi rejeitada no último dia 4, em assembleia. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 20%, vale-alimentação de R$ 23, isonomia salarial entre as secretarias, valorização dos profissionais, melhores condições de trabalho, plano de saúde e Plano de Carreira. A prefeitura decidiu cortar o ponto dos trabalhadores em greve desde a semana passada.
