

Neste sábado, 9 de agosto de 2014, completam-se 20 anos da morte do artista gaúcho Iberê Camargo. Há pouco mais de 44 anos, em 26 de junho de 1970, a Câmara Municipal aprovava, por unanimidade, a entrega do título de Cidadão de Porto Alegre ao pintor. O projeto foi proposto pelo então presidente da Casa, vereador José Aloísio Filho.
Em sua exposição de motivos, Aloísio Filho afirmou que o artista empregava, em seus trabalhos, as técnicas mais “acreditadas e prestigiosas do mundo”. Para a Mesa Diretora da época, Iberê Camargo era um artista que, em todos os sentidos, merecia aquela homenagem da Câmara de Porto Alegre.
O artista
Iberê Camargo nasceu em 18 de novembro de 1914, em Restinga Seca, interior do Rio Grande do Sul. Com temperamento sensível e vibrante, iniciou seus estudos de pintura na Escola de Artes e Ofícios de Santa Maria. Na Europa, aperfeiçoou suas técnicas com nomes famosos da arte, como André Lhote e Petrucci. Iberê nunca se filiou a correntes ou movimentos, mas exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual brasileiro. Dentre as diferentes facetas de sua vasta produção em desenho, gravura e pintura, o artista desenvolveu as conhecidas séries Carretéis, Ciclistas e As Idiotas, que marcaram sua trajetória.
O artista morreu em agosto de 1994, aos 79 anos, deixando um grande acervo de mais de 7 mil obras. Grande parte dessa produção compõe hoje o Acervo da Fundação Iberê Camargo, localizada na zona sul de Porto Alegre.